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OPINIÃO: O inglês… mesmo que sem acordos ortográficos

Lisboa recebeu o Festival da Eurovisão 2018. Fê-lo com inegável brilho. Não costumo acompanhar, em detalhe, estes eventos. Porém, desta vez, e por ser cá, fi-lo mais de perto. Anotei a hegemonia da língua inglesa, mesmo num concurso por países. Senão vejamos: num total de 42 países, cantaram em inglês 28 (incluindo Rússia e Alemanha!), embora só em três seja a primeira língua (Reino Unido, Irlanda e Austrália). Os países que se exprimiram na sua língua oficial foram quase todos do Sul da Europa e de influência mediterrânica: além de Portugal, França, Itália, Espanha, Grécia, Albânia, Sérvia, Montenegro, Eslovénia, a que se juntaram Arménia, Geórgia, Hungria. Enfim, a busca efémera do sucesso a sobrepor-se à soberania da língua. Sinal dos tempos...

Apesar de ser apenas o terceiro idioma em número de falantes nativos (cerca de 380 milhões de pessoas, atrás do chinês mandarim e do espanhol), o inglês deixou de ser uma "linguagem inglesa" para ser global. É a língua franca da globalização, uma espécie de latim hodierno.

Começou por ser a primeira língua de expansão colonial. Hoje é o idioma base da informática, tecnologias, gestão, economia, negócios, Internet e redes sociais, telecomunicações, ciência, comércio internacional, diplomacia, aviação, medicina, entretenimento. E também de um pretenso elitismo profissional de “Zeinal Bavas”, para ver quem mais não consegue dizer em português o que em inglês exprime majestaticamente.

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